Vila Cultural Cora Coralina

As obras foram iniciadas em outubro de 2011, após cerca de três anos do anúncio oficial em 2008. Segundo Alves (2009), a demora se deu devido ao processo de desapropriação dos imóveis existentes na quadra. Dois anos depois, em 31 de outubro de 2013, o novo espaço foi inaugurado pelo governo estadual e pela Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo. O investimento no espaço foi de R$ 12 milhões, sendo a maior parte provenientes do Ministério do Turismo e o restante de contrapartida do Governo Estadual, com recursos liberados pela Caixa Econômica Federal. Segundo a Goiás Turismo (2018), o espaço inaugurado era composto pelos seguintes espaços: Sala de Exposições Principal, Sala Multimídia João Bênnio (com capacidade para 59 pessoas), Sala Antônio Poteiro, Sala Sebastião Barbosa, Sala do Acervo Técnico, Hall, Varanda e a Praça Belkiss Spenziere. 

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Todavia, autores questionam o partido adotado para o projeto arquitetônico, que desconsiderou o projeto original de Correa Lima para a quadra, assim com a intencionalidade de que os fundos do prédio do teatro ficassem ocultos. Valva (2016) ressalta que edificações históricas de estilo eclético foram demolidas, em detrimento do novo espaço. 

Entretanto, além das casas que foram demolidas, o comércio existente ao lado do Teatro Goiânia acabava por ocultar o mesmo, com fachadas protendidas e placas de publicidade que cobriam a paisagem, como ocorre atualmente em todo o bairro. Como afirmado pelos autores, atualmente em 2022 o espaço segue com exposições temporárias, porém em visita in loco constatou que, assim como outros espaços da cidade, necessita manutenção e limpeza. Os totens luminosos e bancos da praça encontram-se danificados; já o espaço do subsolo se encontrava lacrado nas duas visitas realizadas (em uma quinta-feira e em um domingo do mês de dezembro de 2022). As instalações do Teatro Goiânia também carecem de manutenção, como por exemplo os bancos em frente ao teatro. Fato exposto, dentre as intervenções analisadas, a Vila Cultural é um espaço que possui uma agenda de eventos e atividades culturais que convida a população para se apropriar do espaço, o que deve continuar. 

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Destarte, tanto a análise das falas dos entrevistados, quanto a visita em campo demonstram que deve haver ressalvas quanto à pouca realização de eventos e divulgação do espaço. Tal fato reitera a necessidade de manutenção da infraestrutura do espaço, assim como a realização de ações que garantam o uso continuo do espaço, de modo a convidar os indivíduos para se apropriarem e utilizarem tanto o espaço da Vila Cultural Cora Coralina quanto o Teatro Goiânia.