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Estádio Olímpico

O Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira é um dos quatro edifícios que compõem o Centro de Excelência do Esporte, composto ainda pelo Laboratório de Capacitação e Pesquisa, o Parque Aquático e o Ginásio Esportivo Rio Vermelho. O complexo esportivo está localizado entre a Avenida Paranaíba e a Rua 74, como pode ser observado no mapa abaixo:

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Originalmente, o espaço abrigava o antigo Estádio Olímpico, inaugurado em 3 de setembro de 1941. Segundo a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás – ALEGO, o projeto do estádio surgiu em meados de 1937, tendo sido aprovado pelo então governador Pedro Ludovico Texeira. 

Até a década de 1970, o Estádio Olímpico foi o principal estádio da cidade; em 1975 foi inaugurado o Estádio Serra Dourada, no Setor Jardim Goiás, construído em uma das novas centralidades que surgiram na cidade com a expansão urbana. Nos anos 1980, durante os acontecimentos do Acidente do Césio 137, o estádio foi um dos espaços usados para a triagem de pessoas contaminadas. Estima-se que mais de 110 mil pessoas passaram pelo estádio na época do acidente.

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Mesmo após o estigma deixado pelo acidente radiológico, nos anos seguintes o estádio continuou sendo um dos mais significativos espaços esportivos da cidade. Já nos anos 2000, a partir de uma iniciativa do governo estadual, uma revitalização do estádio passou a ser discutida. Um projeto para o novo estádio foi elaborado em 1998 pelo escritório GRUPOQUATRO Arquitetura e Urbanismo, dentre as propostas do Plano Goiânia 21 – Revitalização do Centro de Goiânia. 

 

A última partida de futebol realizada no antigo estádio ocorreu em 20 de março de 2005; em 05 de julho de 2006 o estádio começou a ser demolido para dar lugar ao novo complexo esportivo. Todavia, devido a problemas judiciais e com as trocas de governo, as obras se estenderam por cerca de dez anos, tendo sido paralisadas pela justiça de 2009 e 2013, e novamente entre setembro e dezembro de 2015. Segundo Vasconcelos (2016):

O imbróglio judicial que se arrastou após a demolição do Olímpico está ligado justamente a estes dois módulos. Inicialmente, o estado lançou licitação única para as duas obras com orçamento previsto de R$ 40 milhões. Entretanto, durante a reforma houve divergência entre o governo e a Eletroenge, empresa licitada. Em 2009, a reforma foi paralisada. O governo alegou que o saldo contratual seria gasto sem que estádio e laboratório estivessem prontos. Em julho de 2011, a liminar que garantia à empreiteira o direito de continuar a obra caiu, abrindo espaço para duas novas licitações: uma para o Estádio Olímpico e uma para o Laboratório de Capacitação e Pesquisa. Jayme Rincón admite que o projeto inicial de 2002 fornecido pela própria Agetop já estava “defasado”. O Olímpico sequer receberia partidas de futebol. O novo projeto ganhou, entre outros itens, mais vestiários e cabines de imprensa. O valor mais que dobrou. Abandonado por tantos anos, o local sofreu com o descaso e a ação do tempo. Com mato alto, estrutura exposta e água parada, as obras do estádio Olímpico se tornaram um imenso criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Moradores protestaram e tentaram agir por si só, mas não tiveram resultados. (VASCONCELOS, 2016)

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Finalmente, em 08 de agosto de 2016 o espaço foi inaugurado, agora já Centro de Excelência do Esporte, porém sem estarem finalizados o Parque Aquático e do Ginásio Olímpico. Nos anos seguintes, o estádio foi sede de grandes eventos esportivos, como por exemplo jogos da Copa do Mundo (2019) e Copa América (2021), além de competições de outros esportes além do futebol. Em visita in loco realizada em novembro de 2022, constatou-se que o espaço continua com uma agenda ativa de eventos – pelo menos quanto ao Estádio Olímpico. 

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Destarte, os demais espaços são utilizados para aulas e treinamentos de alunos da rede pública de ensino. Comparado com outros espaços que sofreram intervenções urbanísticas de revitalização, o caso do Estádio Olímpico é um dos poucos que atualmente é utilizado de forma ativa. Todavia, o estudo de caso demonstra que, apesar da demora e dos problemas que envolveram as obras e do projeto não ter sido debatido com a comunidade local, por estar ligado a grandes eventos e, sobretudo, eventos de futebol, o local não sofre com pouca manutenção e estrutura, como é o caso dos demais estudos de caso.

ALEGO. Aprovado na Alego, há 80 anos era inaugurado o Estádio Olímpico de Goiânia. Goiânia: Agência Assembleia de Notícias, veiculado em 01/02/2022. Disponível em: < https://portal.al.go.leg.br/not icias/122912/aprovado-na-alego-ha-80-anos-era-inaugurado-o-estadio-olimpico-de-goiania >.

A REDAÇÃO. Estádio Olímpico: há 80 anos palco de celebrações do esporte em Goiânia. Goiânia: Jornal A Redação, Edição Especial Jóias do Centro, veiculado em 12/11/2021. Disponível em: < https://www.aredacao.com.br/colunas/159060/estadio-olimpico-ha-80-anos-palco-de-celebracoes-do-esporte-em-goiania >.

GRUPOQUATRO. Centro de Excelência do Esporte. Goiânia: portfólio profissional do escritório Grupo Quatro Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: < https://grupoquatro.com.br/portfolio/centro-de-excelencia-do-esporte/ >.

TV ANHANGUERA. Sucata no Estádio Olímpico de Goiânia. Goiânia: TV Anhanguera, reportagem veiculada em 21/02/2012. Disponível em: < https://globoplay.globo.com/v/5203240/ >.

VASCONCELOS, F. Olímpico é entregue após 10 anos e custa mais que o dobro do previsto. Goiânia: TV Anhanguera, reportagem veiculada em 08/08/2016. Disponível em: <https://globoesporte.glo bo.com/go/noticia/2016/08/olimpico-e-entregue-apos-10-anos-e-custa-mais-que-o-dobro-do-previsto.html>.

Referências bibliográficas

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